terça-feira, 27 de outubro de 2009

Quem são os alunos da EJA?

Finalmente, depois da saída de campo, consegui ter um olhar especial para a Interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos. A proposta era visitar uma escola que oferecesse a modalidade de EJA e traçarmos um perfil dos alunos, dos educadores e da escola.
Com este contato direto, tive a oportunidade de vislumbrar algo que até então, os textos não tinham me dado. Consegui ver claramente que os alunos da EJA são especiais, pois estão em uma situação de vida diferenciada dos demais alunos. São alunos que por algum motivo abandonaram seus estudos, ou por muita repetência, ou por terem que trabalhar, para criarem seus filhos, enfim, abandonaram os estudos e agora resolveram terminá-los. Muitos dos que entrevistamos, são bastante jovens e estão na EJA porque desistiram da modalidade comum do ensino fundamental por repetiram muitos anos e viram na EJA a oportunidade de terminarem seus estudos em um tempo menor.
Desta forma, compreendo que estes alunos precisam de uma modalidade específica, que atenda suas demandas e a EJA consegue contemplar essas necessidades.

domingo, 18 de outubro de 2009

Indagações

Gostaria de registrar aqui uma inquietação minha que está surgindo com a realização das atividades das Interdisciplina de EJA e LIBRAS.
Estamos vendo que se determina que a educação para jovens e adultos deve ser diferenciada das demais modalidades por agrupar um grupo específico de estudantes. Esta diferenciação se dá, porque estes alunos não cursaram o ensino fundamental ou médio, na idade estipulada, e por serem alunos diferenciados, merecem uma escolarização específica.
Os alunos surdos batalham por suas instituições e por classes especiais de surdos nas escolas públicas, por defenderem que para eles é melhor que estejam entre iguais.
Pois bem, porque se discute e se defende tanto a inclusão da pessoa com deficiência mental? Ora, não seriam eles “população diferenciada”? Eles não precisam de uma escolarização específica? Porque somente eles devem estar inclusos aos demais? Estariam os governantes menosprezando a capacidade de crítica e de luta pelo direito de escolher onde estes alunos querem estudar?

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

LIBRAS

A Interdisciplina de Libras está nos apresentando uma face da educação muito importante para a nossa formação docente. Cada vez mais vemos alunos com especificidades em nossas salas de aula. Através da inclusão estamos recebendo mais e mais alunos, que antes, ou iam para uma escola especial, ou como em alguns casos que conheço, nem iam para a escola, por medo dos pais de seus filhos serem ridicularizados.
E hoje, através do curso de pedagogia que me leva a diversas reflexões sobre a diversidade da educação e também por meio da Interdisciplina de Libras, me acho em condições de receber um aluno surdo em minha sala de aula. Eu estaria atenta a diversos detalhes para que os alunos pudessem estar em um ambiente favorável, me fazendo entender através de gestos faciais e corporais, e acho que recorreria ao desenho ou frases se fosse necessários, mas mais do que tudo isso, observaria os gestos utilizados por ele para tentá-lo imitar.
O aspecto mais relevante da cultura surda é a sua luta por seus direitos, fazendo com que todas as outras pessoas entendam que eles precisam de pequenas adaptações para conviver normalmente e com dignidade. Penso que esta cultura deveria ser ainda mais difundida em nosso país, talvez com o incentivo dos governantes, para que a acessibilidade do surdo fosse tão discutida como a acessibilidade do deficiente físico já está sendo nos dias de hoje.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Educação de Jovens e Adultos

Ainda não encontrei elementos satisfatórios nas atividades da Interdisciplina da EJA, que justificassem uma aprendizagem significativa neste portfólio.
Até o momento, a Interdisciplina nos apresentou a legislação que ampara esta modalidade de ensino. Sei que este é um subsídio importante na formação docente, mas penso que deveríamos já estar abordando como, efetivamente, acontece a Educação de Jovens e Adultos. Ou seja, qual a melhor metodologia a ser aplicada? Que estratégias de avaliação devem ser traçadas? E assim, vários outros elementos.
Estamos ainda em um enfoque bastante histórico e político, e espero que caminhemos para uma prática.

Projeto de Aprendizagem

Estamos chegando ao final de mais um Projeto de Aprendizagem, concluindo uma pesquisa que partiu de um interesse do grupo e que pensávamos nos levar a descoberta não só de uma curiosidade, mas de outras que surgiriam no desenvolvimento do projeto.
E assim foi, além de acharmos as respostas para as dúvidas que tínhamos inicialmente, encontramos respostas até mesmo para aquelas que não estavam previstas previamente, mas que acabaram se incorporando ao projeto.
Acredito que este é um dos principais objetivos de um PA, de permitir que caminhemos por outros caminhos além daquele estabelecido inicialmente. Este é um ponto positivo desta metodologia, além de possibilitar o trabalho em grupo. O que se deve ter cuidado é que estas possibilidades não desviem o projeto do seu objetivo principal e sim acrescente elementos a ele.
Da mesma forma, este cuidado não pode limitar a pesquisa, e este equilíbrio é bastante difícil de obter. Foi o que aconteceu com o PA que estávamos desenvolvendo. Inicialmente, pensamos em uma pergunta central, e sob orientações, decidimos modificá-la, pois a primeira versão estava muito ampla, abrangendo dois enfoques sobre um mesmo tema. Foi então, que ao final da nossa pesquisa, reconhecemos que a mudança feita sobre a pergunta inicial, limitou nossa pesquisa, e acabamos achando uma resposta facilmente, apesar de ela nos levar a descobrir outras curiosidades que não imaginávamos.