domingo, 24 de maio de 2009

Raça e Etnia

A última aula presencial de Questões Étnico-Raciais serviu para uma reflexão profunda.
O professor Nilton, nos trouxe uma questão jamais pensada por mim. A concepção de RAÇA deve estar dissociada da ETNIA.
Entende-se por RAÇA os traços físicos apresentados pelo sujeito como a cor da pele, o tipo de cabelo, etc, ou seja, nossa descendência, e ETNIA os costumes e tradições que apresentamos, e isso vai depender do lugar o qual estamos inseridos.
Pois bem, até então isso estava muito claro para mim, mas eu enquanto professora, entendia que nosso trabalho tinha por objetivo fazer com que a sociedade aceitasse as pessoas do jeito que elas são, se são negros, brancos, índios, etc, ou seja, conforme suas características físicas.
Mas na aula, o professor Nilton nos trouxe um posicionamento diferente deste. Ele defende baseado em estudos recentes, que devemos respeitar o ser humano da forma como ele se vê, independentemente se esta forma está de acordo com seus aspectos físicos.
Então, se tenho um aluno negro que segue os costumes e tradições de uma cultura alemã, que é onde ele está inserido, e se este aluno se sente como um alemão e não como um negro, devo respeitá-lo, e não posso tentar fazer com que ele se aceite como negro e consequentemente assuma uma postura como qual.
Até agora, esta foi a aprendizagem mais significativa para mim nesta Interdisciplina, pois ela vai de encontro com os estudos que defende o respeito pelo próximo, independentemente de qualquer diferença.

Filosofia da Educação

A Interdisciplina Filosofia da Educação vem trabalhando conosco os conceitos relacionados à Filosofia, mas de um modo bastante diferente.
Sempre achei muito “chato” estudar os grandes filósofos como Platão, Sócrates, Aristóteles, etc. e suas teorias. Porém nesta Interdisciplina estamos fazendo um processo inverso, e quando menos esperamos, estamos estudando a teoria destes grandes pensadores.
Ao realizar algumas atividades, através de ferramentas do nosso cotidiano, vamos fazendo uma relação com a teoria proposta e desta forma tomando conhecimento de questões pertinentes à Filosofia.
Através de filme, debates para argumentação favorável ou contrária de situações conflituosas sobre moral e ética, vamos estabelecendo relações com os textos estudados.
Desta forma está sendo bem prazeroso ter contato com as teorias filosóficas, pois fazemos relação com a nossa realidade.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Avaliar...

Depois dos relatórios nos quais tivemos a tarefa de analisarmos e avaliarmos, um PA de um grupo de colegas, fazendo observações, sugerindo alguma modificação ou não, e depois do comentário da professora Nádie, resolvi fazer uma postagem sobre avaliação.
Acredito que está é a tarefa mais difícil do professor. Pois ela não pode ser uma mera ferramenta, no qual o professor vai medir se seu aluno atingiu os objetivos que ele, professor, estabeleceu.
Avaliar é, como disse a professora Nadie, realizar comentários para promover descobertas, aprendizagens... cada um é avaliado no seu próprio processo e pela sua trajetória. Não há um padrão ou certo e errado.
Penso que se o sistema de ensino brasileiro adotasse este modelo, poderíamos ter uma transformação na educação e então conseguiríamos fazer a inclusão de todos os alunos em um único ensino como tanto desejamos!
Falo isto, porque neste semestre estamos com a Interdisciplina de Educação Especial, e estamos observando as dificuldades enfrentadas pelo sistema brasileiro de educação, para receber um aluno com necessidades especiais.
Acredito que se a metodologia de ensino e avaliação fosse modificada, a inclusão daria certo. Se o sistema permitisse que o professor avaliasse os alunos conforme o seu processo de aprendizagem, levando em consideração a sua trajetória, o aluno com necessidades especiais seria realmente incluso na escola regular.
Mas o que vemos é a integração deste aluno, pois ele apenas está lá, mas não consegue acompanhar a metodologia aplicada, muito menos atingir os padrões mínimos exigidos nas avaliações que são aplicadas na escola.
Estou me perguntando. O que fazer?

Epistemologia Genética de Piaget

A Interdisciplina de Psicologia está trazendo um tema para estudarmos que muito me interessa e acredito que seja muito importante para a formação de todo professor. Estamos estudando o processo de aprendizagem humano a partir do referencial teórico piagetiano.
Iniciamos com trabalhos que tinham por objetivos identificarmos epistemologias, ou seja, estudamos os diferentes estudos que apontam como a aprendizagem acontece e se desenvolve no ser humano.
Depois disto, tínhamos que pensar sobre uma prática em que os alunos fossem sujeitos de alguma ação, pois vimos que para a epistemologia genética a ação é promotora de aprendizagem. Piaget acreditava que a aprendizagem acontece a partir da ação do sujeito, sendo que essa ação pode ser física ou mental.
Em outra atividade relatamos uma aprendizagem nossa que fosse significativa para nossas vidas. Através desta atividade tivemos que analisar como foi esta aprendizagem, e de que forma ela aconteceu.
Em seguida estudamos os estádios de desenvolvimento conforme a epistemologia genética, e então descrevermos uma criança que se encontra em um destes estádios.
E por agora, estamos estudando o método clínico piagetiano e tivemos que aplicar alguns testes com uma determinada criança para analisarmos o estádio em que ela se encontra.
Os estudos até agora realizados me levaram a uma aprendizagem verdadeira sobre a epistemologia genética de Piaget, pois fomos estudando-a passo-a-passo, bem como a articulamos com a prática de sala de aula. Isto me levou a um entendimento real deste estudo e acredito que já está influenciando na minha prática enquanto docente, pois já consigo observar e interpretar melhor as ações de meus alunos, entendendo que ele já é capaz de determinadas coisas ou ainda não, conforme a sua idade ou estádio que se encontra.
Assim, tenho cautela ao exigir ações que ele ainda não é capaz de realizá-la ou ao contrário, tenho consciência de que por ele já realizar determinadas ações, pode desempenhar outras que estão no mesmo nível de exigência.
É claro que tenho consciência de que os estádios não acontecem exatamente da forma como ele está descrito, vai depender muito do contexto em que o aluno está inserido, e também não posso seguir a risca as idades apontadas por Piaget, elas são apenas um ponto referencial.